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quarta-feira, 18 de março de 2015

Delegados de polícia do TO entregam as armas: 'acuados pelo sistema'

Policiais entregam armas após decisão judicial no Tocantins (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Durante uma assembleia realizada nesta terça-feira (17), em Palmas, os delegados de Polícia Civil do Tocantins decidiram colocar as armas à disposição da Secretaria de Segurança Pública. Até a manhã desta quarta-feira (18), 20 delegados já haviam entregado as armas. A medida foi tomada após uma portaria do governo do estado que determinou o desarmamento dos policiais civis,em greve desde o dia 25 de fevereiro.
Durante a assembleia, ficou também decidido que o serviço externo que estava sendo realizado mesmo com a greve da Polícia Civil será interrompido. "Eles vão fazer apenas serviços internos, como representações e conclusões de inquéritos. O trabalho externo, como atendimento, ocorrência de crimes graves, autos de prisões e flagrantes ficará parado por tempo indeterminado".Segundo a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil, Cinthia Paula de Lima, a falta de segurança nas delegacias levou a categoria a tomar esta decisão. "Ele [delegado] seria o único portador de arma e ficaria com toda a responsabilidade de garantir a segurança do local e da vida dele e dos outros servidores".

A situação é de risco, tanto para os servidores, quanto para a população, segundo Cinthia. "Inclusive durante uma escuta telefônica realizada em decorrência de uma investigação, foi captada a seguinte frase: 'Os vermes estão desarmados. É hora de acabar com eles'".
O sindicato disse que enviou dois ofícios para o Secretário de Segurança Pública, César Roberto, relatando os riscos e a situação em que se encontra a categoria, mas que o governo não deu uma resposta. "A resposta é o silêncio", afirmou Cinthia.
Ela lembrou que a atitude dos delegados não é um apoio aos policiais civis em greve. "O que acontece é que estamos sem condições de trabalho, acuados pelo sistema. Eles continuam no trabalho mesmo com os riscos. Esperamos uma resposta porque a tendência do movimento nas delegacias é aumentar nos fins de semana".
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) ficou determinado que os policiais civis e agentes penitenciários em greve retornassem as funções, tendo em vista que a greve foi declarada ilegal. A ordem de deposição das armas é apenas para os grevistas, portanto, os demais policiais civis, de qualquer categoria, inclusive delegados, não precisam depor armas, porque estão trabalhando.
Anda conforme a SSP, a alegação de que as delegacias estão desprotegidas não é verdade, porque os grevistas, que depuseram as armas, não estavam nas delegacias, e sim na Casa de Prisão Provisória (CPP). Destacou que a Polícia Militar (PM) está à disposição para oferecer a segurança necessária às unidades policiais, mediante solicitação dos delegados.
Portaria
Na última sexta-feira (13), o governo do Tocantins publicou uma portaria determinando o desarmamento dos policiais civis. A decisão aconteceu, segundo consta no documento, porque os policiais descumpriram uma decisão judicial que considera a greve ilegal e determina o retorno das atividades. A categoria está em greve desde o dia 25 de fevereiro.
Cumprindo a portaria, os servidores entregaram todas as armas, munições e demais objetosque são instrumentos de trabalho da categoria na última segunda-feira (16). Em greve, os policiais cobram do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007. A medida foi regulamentada em abril de 2014, através da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro através de decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Em todo o Tocantins, de acordo com o Sinpol-TO, são aproximadamente 1,6 mil policiais em greve.
Fonte: G1.com

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