Foto: Vivianni Asevedo/Secom |
A ação faz parte da pesquisa que busca desenvolver uma nova variedade de arroz resistente a doenças e adaptada ao clima e ao solo do Estado. “Nossa pesquisa engloba o aumento de produtividade, o manejo de nutrição e adubação de plantas, o combate às doenças e pragas e também a redução do impacto ambiental das lavouras”, explica o professor da Unitins e coordenador da pesquisa, Expedito Cardoso.
Segundo o coordenador, o estudo de impacto ambiental da cultura de várzea em áreas tropicais é o primeiro a ser desenvolvido no Brasil. Conforme a pesquisa, a semeadura feita em lâminas de água é rica em matéria orgânica e quando adubada com fonte de nitrogênio é acelerado o metabolismo das bactérias e com isso são emitidos gases potencialmente mais poluidores do que o gás carbônico. “Nosso trabalho é quantificar os gases emitidos e indicar a melhor maneira de reduzir esse impacto no meio ambiente. Pois com a crescente expansão da fronteira agrícola no estado, é importante nos preocuparmos também com as consequências ambientais”, pontua.
Mais
A primeira colheita da pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2014, onde foram selecionadas 500 linhagens na primeira avaliação, que neste ano foram novamente plantadas. “Vamos avaliar novamente o desenvolvimento dessas linhagens no campo, para garantirmos um grão de qualidade para o produtor”.
Conforme o pesquisador, para criar uma nova variedade de arroz é necessário cerca de 10 anos, porém, o que a Unitins está se propondo é reduzir esse tempo para cinco anos. “Nossa meta é reduzir o tempo da pesquisa, acredito que muito em breve teremos em nossos campos novos tipos de arroz, adaptados a nossa região climática”, ressalta.
Dados
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área total plantada com arroz no Tocantins é de 117 mil hectares, sendo 83 mil hectares utilizando o sistema de plantio irrigado. No ranking de produção do plantio irrigado, o Tocantins fica atrás somente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além do consumo interno, o Estado também exporta para vizinhos nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
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