Marcos Milhomem - Publicitário |
Pão com mortadela
Viver
no Tocantins é, sobretudo, um paradoxo muito grande.
Qualquer
posicionamento aparentemente bem fundamentado e coerente, embora esconda
contradições abissais, ganha ares perniciosos e mais tendenciosos possíveis.
É
uma lástima.
Penso
que a definição de Política é a mesma da comunicação:
“Não
é o que você quer falar, e sim o que as pessoas entendem”
Há
indubitavelmente um novo perfil de eleitorado no nosso estado.
Mais
crítico. Mais esclarecido. Mais politizado.
As
eleições de 2016 nos mostrará essa mudança.
Isso
não quer dizer que a disputa ficará mais fácil.
Muito,
muito pelo contrário.
Essas
próximas eleições tendem a serem as mais difíceis de todas.
E
mais caras também.
Com
papel, como sempre, preponderante nesse processo todo, o eleitor se torna cada
vez mais participativo.
Acompanha
as discussões políticas e partidárias e, creio eu, estará mais atuante.
E
com certeza muito mais exigente.
As
velhas práticas e os velhos métodos precisam se reinventar. Isso também inclui
os velhos caciques e seus sobrenomes famigerados.
Por
que como já diria o grande compositor Belchior:
“O
Novo sempre vem”
Os
mais vitoriosos com certeza, serão os com grupos coesos e politicamente
comprometidos.
Não
é a invenção da roda não. É o óbvio.
Não
há mais leitura de bandeira partidária. Cores partidárias.
O
eleitor não quer saber mais disso.
Até
por que a “esquerda vem endireitando” nos últimos anos.
E
aí eu te pergunto: Qual é o partido realmente de esquerda hoje em dia?
Essa
incógnita é latente.
Por
questões ideológicas a gente sempre se decepciona.
Isso
é atemporal.
Cômico
se não fosse trágico.
As
redes sociais também aproximaram mais essas relações.
Analisemos:
Se
na Rua do Seu João tem um buraco, e olha que em Palmas, acredite se quiser,
havia a “época do buraco” ele já se articula, solicita um requerimento com
algum vereador. Manda uma reclamação no aplicativo “Alô pequi” chama a
imprensa, enfim, bota a boca no trombone.
Nunca
foi tão atual e tão pertinente a máxima do escritor Oscar Wilde:
“A
rebeldia é a virtude original do homem”
O
eleitor vai ponderar ponto por ponto.
Conjecturar
um possível retrocesso pra ele é impensável.
Ele
não o fará.
À
frente!
Ele
entendeu que não dói pensar assim.
Outros
que precisam se reinventar são as tão conhecidas “lideranças”
Essas
que sobrevivem às custas de processos eleitorais de 2 em 2 anos.
Os
pseudo-representantes de coisa nenhuma.
Verdade
seja dita, quem é líder é forjado pela sua trajetória.
A
vida o coloca nessa condição. Ninguém mais!
Ademais,
os políticos que sempre trataram o eleitor como Pão com mortadela, como pessoa
sem nenhum destaque, indivíduo otário e sem nenhum diferencial, apenas um
lembrete:
A
história não o absorverá.
Marcos
Milhomens
É
Publicitário e Assessor de Integração Social da Secretaria de Integração Social
e Defesa do Consumidor.
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