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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Irmãs separadas há 43 anos se reencontram durante tratamento contra o câncer

Foto: Carlessandro Souza 
A Casa de Apoio Vera Lúcia Pagani é palco de muitas histórias de força, caridade e superação. Em meio às dores e à luta constante pela vida, o destino, às vezes, reserva surpresas, amores e até reencontros. É o caso das irmãs Naídes Souza e Ana da Silva, que se encontraram, há duas semanas, depois de mais de 40 anos separadas. A semelhança entre elas é nítida e foi justamente a aparência física aliada à curiosidade de uma parenta de Ana que tornou possível o encontro. A dona de casa Naídes Souza, conta que logo após um culto na Casa de Apoio, em uma conversa informal, uma hóspede intrigada começou a interrogá-la e, com a troca de informações, chegaram à conclusão de que Ana era a irmã que Naídes.
Ana da Silva, que hoje é funcionária pública, foi levada da família por um parente quando tinha apenas 10 anos de idade. No início, a família se reencontrava de tempos em tempos, mas, com o passar dos anos, o distanciamento foi crescendo até perderem o contato por completo. Ana afirma que teve seu sobrenome mudado e, por fim, foi abandonada pelos pais adotivos em um juizado. Desde esse período, Ana considerava como família apenas o esposo, a filha e os dois netos. “Eu achei que estava sozinha nesse mundo, sofri muito pelo abandono, mas agora em um momento tão difícil da minha vida descubro que tenho um pai, uma mãe e irmãos. Espero, ansiosa, poder revê-los”, afirmou.

Tanto Ana quanto Naídes estão em Palmas para o tratamento de câncer de mama. Atualmente, Ana mora em Araguacema e sua irmã, que é natural de Alvorada (GO) continua em sua terra natal. Mesmo com toda a expectativa da família, Ana está em um momento delicado do seu tratamento em que não pode se deslocar. Já seus pais são muito idosos e também não suportariam a viagem.
O que pode parecer um empecilho, para essas irmãs guerreiras, é só mais um motivo para buscarem a melhora e a oportunidade de estarem todos juntos outra vez. “Eu estou um pouco melhor e, por isso, estou lutando com toda força pela saúde de minha irmã. Queríamos muito ter nos reencontrado em outro momento da vida em que pudéssemos comemorar, mas vamos entender isso como uma benção e vamos nos recuperar e festejar”, sonhou Naídes.
A Casa
O Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e da Assistência Social (Setas) mantém a Casa de Apoio Vera Lúcia Pagani, um espaço para abrigar pessoas do interior do Tocantins e até mesmo de outros estados que utilizam os hospitais públicos de Palmas.
No primeiro semestre de 2015, foram realizados 11.734 atendimentos, proporcionando segurança, conforto e a proximidade dos familiares com os pacientes internados. A casa também hospeda aqueles que recebem alta médica e não podem voltar imediatamente para a sua cidade de origem.
Lara Cavalcante / Governo do Tocantins

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